Brincadeira de criança
Perder para ganhar
"Cada um tem o seu dia! Ó adversidade, tu também terás o teu!"( Provérbio Árabe) Quando penso em perder e ganhar, me vem a imagem de um reality show com o mesmo nome aqui no Brasil, que passa no canal People´n arts, onde algumas pessoas obesas que estão em um rancho cujo o único objetivo é emagrecer o máximo que puder e encontrar estratégias para emagrecer quando sair do programa. E ganha o programa quem for o maior perdedor ou seja quem mais emagrecer. O programa é divertido, mas na vida real esse lance de perder ou ganhar é muito estressante, é muito chato, tudo hoje em dia é muito competitivo, todo mundo fica tentando provar que é melhor do que o outro, ou mostrar que é bom, todo mundo deseja Estar no topo, o cume, e aí as pessoas dizem “só o cume interessa” agora leia em voz alta a frase destacada. Hahaha. Às vezes nos esquecemos de que a vida é feita de altos e baixos, de momentos bons e de momentos ruins, e todos esses momentos são ou estão interligados e isso me faz lembrar de uma piada, aliás, duas, a pessoa que perdeu a mão é maneta, a que perdeu a perna é perneta. Pergunta: E a pessoa que perdeu o punho, é? Pense...pense mais um pouco... tic-tac, tic-tac, tic-tac, pense mais um pouco, pensou? Não, não é isso que você pensou, a resposta é cotó, quem perdeu o punho agora é cotó. Falando em cotó um homem estava andando distraidamente por uma rua escura e esse homem era cotó, não tinha suas duas mãos, e além de cotó o pobre era português e quando de repente ele caiu em um buraco e então em vão começou a tentar subir, ele logo em seguida começou a gritar por ajuda quando um transeunte ouviu seus apelos e resolveu ajudá—lo, logo ele sugeriu ao portuga que iria jogar uma corda para tirá-lo de lá, impressionante como em piadas sempre se tem uma corda reserva, ele disse que não tinha as duas mãos, então o bom samaritano sugeriu que ele agarrasse a corda com os dentes, e assim o português fez, quando ele chegou no cume, já saindo do buraco o bom samaritano comentou, “poxa você tem dentes fortes” e o português respondeu: “É, teeeeenho sim!” e caiu novamente no buraco. Muitas vezes caímos direitinho nos revezes que a vida dá, mas como sou brasileiro e você também e não desistimos nunca. Será que não dá para empatar? Empatar é bom, bom pra todo mundo, analise comigo, o que vem a ser o empate? O empate nada mais é do que uma vitória coletiva, mas como nossa sociedade é competitiva não tem como vivermos empatando, então eu estou tentando aprender a vencer da melhor maneira e a lidar de uma forma positiva com a derrota, eu sempre vejo a derrota como um degrau para eu melhorar, aí você deve está pensando, isso que você disse agora, Iata, é balela ninguém lida tão bem assim com a perda, eu sei, nós aprendemos que perder é ruim, e não tiro a razão perder realmente é ruim, só que se eu analisar as minhas derrotas isso me fará um vencedor, veja bem o nosso amigo português, ele tem uma condição delicada, que é a de ser português, hahaha, mas apesar da situação delicada dele e do fato dele ser deficiente físico fez ele desistir e ficar a míngua no buraco? Não, ele fez tudo o que podia e quando percebeu que seus esforços não o ajudariam ele pediu ajuda e mesmo assim a ajuda era um pouco complicada por que ele não tinha os braços, mas tudo bem ele usou as ferramentas que tinha em mãos, quero dizer na boca. Toda vez que eu penso que evoluir é avançar eu visualizo duas cordas, uma onde ponho os meus pés e a outra onde seguro com as minhas mãos e que tenho que dá passinhos pequenos para chegar ao outro lado, e que para chegar lá do outro lado exige certo esforço meu, a cada passo que dou tenho que abrir a minha mão para largar da posição em que estou e segurar em outra, só que neste intervalo onde solto, desloco e agarro na corda eu fico em desequilíbrio e as vezes fico com medo de ir adiante, voltar não dá, porque ficarei em desequilíbrio novamente, então seguir é a melhor maneira, é preciso coragem, crescer exige coragem, ir adiante exige coragem e na minha opinião a maior vitória é vencer os meus medos, mesmo que não alcancemos o outro lado. Vencer ou perder é tudo uma questão de ponto de vista, por isso durante a faculdade eu nunca me preocupei em tirar boas notas, quero dizer, os 10,0, o que me importava era o conhecimento que eu adquiria, eu estudava para esse momento e não para a prova, aí vinha algumas pessoas e diziam tinham tirado 9,95, sabe o que eu dizia a elas? Como você é incompetente! Como é que você não consegue tirar um 10? Elas ficavam iradas comigo, mas fazer o quê? vieram me esnobar deu no que deu! Agora me lembro de uma situação em que eu tinha tirado 1,0 na prova de antropologia cultural e a professora resolveu entregar as provas de acordo com a nota em ordem decrescente então primeiro foram os 10, até chegar às pessoas que tinham tirado as notas mais baixas e depois eu, que tinha conseguido a façanha de tirar nota 1,0 numa prova que era para fazer uma dissertação, bem graças a esse 1,0 eu desenvolvi o gosto pela escrita, aí ficou eu e mais duas meninas uma delas não me recordo da nota e a outra tinha tirado 1,5 e aí quando ela perguntou quanto foi a minha nota eu disse q tinha tirado 1,0 ela começou a pular e a rir, eu falei: “ ô menina, você enlouqueceu? você está fazendo dancinha na minha frente? Pelo menos você poderia esperar eu sair da sala. Quanto é que você tirou na nota?” Ela respondeu: “ 1,5.” e que apesar de ser pouco ela tinha tirado uma nota superior a minha, isto pelo fato de eu ter sido o primeiro colocado no vestibular de Psicologia, mas tudo bem, eu fiquei chateado, só um pouquinho mas deixei para lá hoje somos bons amigos, gosto muito dela. Vencer ou perder é tudo uma questão de perspectiva, de adaptação e aonde queremos chegar. Isso tudo é uma questão de mudança e mudar significa sair da nossa zona de conforto e ir ao desconhecido e por causa disso há algumas pessoas que têm medo de vencer ou de perder por causa das mudanças que as acompanham e ficam na se escondendo atrás da inércia divina, dizendo foi assim que Deus quis, pondo a culpa no Todo Poderoso por nossa situação, pode até ter uma intervençãozinha divina na parada, mas por que não utilizá-las ao seu favor, às vezes nós estamos no fundo do poço para aprendermos a sair e pedir ajuda a quem está lá em cima, entendeu? Nem sempre quem te tira da “merlim” é o seu amigo. E na minha opinião o maior vencedor é aquele que sabe como lidar com as derrotas e as usa como propulsor para objetivos maiores e melhores. Deus move o céu inteiro para te ajudar em coisas que você não pode fazer, mas não move uma palha em coisas que você pode fazer.
Sou feio, sou comum, mas sou feliz
Antigos espíritos do Mal
Antigos espíritos do mal, transformem essa forma decadente em Mum-há, o ser eterno.
Quando eu era garoto eu adorava assistir a um desenho chamado thunder cats, alguns dos meus leitores não conhecem esse desenho. Nesse desenho há um personagem, do mal, chamado Mum-há que toda vez que está levando um pau do Lion, o chefe dos thundercats, invoca o caboclo para ficar forte e tentar vencer em vão os mocinhos. Aí você deve está imaginando que eu irei falar de desenho animado dos anos 80, não é? Mais uma vez, pequeno gafanhoto, você está errado.
Hoje irei conversar sobre essa neura de ser perfeito, de ser o mais bonito, o mais inteligente, o mais capaz e etc e tal. E no desenho o ponto fraco do Mum-há além de não agüentar levar uma surra boa dos gatinhos do trovão também tem aversão a sua imagem, pensem como é feio o menino e além do mais ele usa uma saiazinha ridícula com uma tatuagem no meio do peito de duas cobras... Deixa para lá!
Confesso que cada um de nós temos um pouco da neura do Mum-há, falo isso por que vivemos constantemente preocupados com a nossa aparência, se estamos na moda, se estamos atraentes e dessa vez eu me incluo nessa neura, não tanto quanto alguns chatos que vivem na frente do espelho beijando o bíceps, tríceps, tarando a própria bunda, a barriguinha de tanquinho e esquecem de olhar para o coração ou preferem não olhar.
O problema todo é que a nossa sociedade vive nos bombardeando para seguirmos as “tendências”, que temos que nos encaixar em um padrão que não é condizente com a nossa cultura, com a nossa realidade, algumas pessoas acabam por ficar alienadas. Principalmente provocadas pelas revistas de beleza, pelas revistas masculinas, pelo cinema e pelas revistas de moda que vivem mostrando homens e mulheres extremamente bonitos.
Recentemente eu vi um e-mail que mostrava alguns artistas de Hollywood sem as maquiagens e os photoshops que eu digo são os antigos espíritos do mal do Mum-há em nossa realidade, que vivem transformando seres humanos comuns em semideuses assim como acontece com o personagem do desenho.
E você e eu caímos bonitinhos no conto do vigário tentando criar corpos esculturais para ficarmos com aparência de determinado ícone midiático até porque ele é envolto de toda uma atmosfera de sedução, mas me digam, tem lógica você querer ser igual a alguém que precisa de recursos tecnológicos para parecer um semideus?
Não existe coisa mais tosca do que essa, é de doer o coração quando eu vejo uma mulher se submeter a 16 cirurgias plásticas para parecer com determinada atriz internacional, e ela ainda justifica essa atitude como uma homenagem a ela e divulgação do seu trabalho, pode ser tudo menos homenagem, na verdade eu chamo isso de dismorfia corporal e essa onda que não é do momento, já vem ocorrendo há anos e é preocupante devido aos riscos psicológicos e emocionais que essas alterações interferem na maneira de como as pessoas se enxergam que é totalmente desligada da realidade, um grande exemplo é o falecido cantor Michael Jackson que é de longe um dos seres mais monstruosos que já vi, eu sou fã de carteirinha do cara por isso me acho no direito de chamá-lo de monstro.
Outra situação relacionada à dismorfia corporal é a anorexia tanto ela quanto a compulsão por cirurgias plásticas são tratadas com muita psicoterapia e antidepressivos.
Mas seriedade a aparte, não sei se vale a pena você gastar rios de dinheiro com sucessivas cirurgias plásticas quando você poderia estudar, ler ou financiar um blogueiro como este vos escreve, quer dizer acredito que os meus leitores não gastariam 50.000 reais em cirurgias plásticas eles investiriam em psicoterapia, sairia mais barato e os resultados são fantásticos, além de ir malhar em uma academia legal.
Não pensem que eu sou contra fazer cirurgias plásticas, sou a favor, mas alguém tem que informar sobre essas aberrações, aberrações é um termo forte, não é? Ah to me lixado aberração sim, você transformar sua aparência em outra.
Concordo que se seu peitinho é caído e você quer dá uma levantada, se for para ficar bonito e você usar um decote generoso, os homens agradecem, eu não, afinal sou um homem casado e não olho para isso(tenso), se você não está satisfeito com o seu nariz e quer diminuir ou afilar, faça a cirurgia, se quer tirar as pelancas, por que não? Vai em frente, mas faça isso para agradar a si própria ou próprio, afinal os homens são vaidosos também diria Michael Jackson, no caso dele é bizarro o conceito de beleza.
Há alguns anos atrás eu assisti a um programa chamado “The Swan” tipo o transformação da Xuxa, só que muito melhor com cirurgias plásticas e outros recursos, aí no episódio do dia a candidata que era feinha foi receber os “mimos”, se não me engano ela estava de casamento marcado. A mulher fez cabelo, barba, bigode, os dentes, peitos, tudo que você imaginar, ela de um patinho feio, feio que doía, virou um belo Cisne, daí o nome do programa; o problema é que ao ficar linda foi como abrir a caixa de pandora, a mulher enlouqueceu ou criou coragem, deu um pé na bunda do noivo, desmarcou o casamento e deixou o pobre a chupar o dedo. Insano isso não? Para mim é além de insano é insano e egoísta.
Isso acaba causando além da dismorfia corporal em suas maneiras de aparecer como no caso da compulsão por modificação cirúrgica, anorexia, bulimia e vigorexia, que é a hipertrofia muscular, causa atrofia irreversível no cérebro e na alma, no cérebro por deixa de ser exercitado e não usa da razão e da lógica, tão características de nossa espécie, e na alma a manutenção de um vazio constante e crônico que ilusoriamente é preenchido com essas atitudes. Vamos ler um livro, um blog e fazer exercícios físicos.
Marido de mulher feia detesta feriado.
Amigo que é amigo não aparta a briga já chega dando voadora.
Amigo que é amigo não aparta a briga já chega dando voadora.
Como diz meu amigo Felix “amigo é bom e eu tenho de monte”, porém há pessoas que não têm tantos amigos assim por opção, ser reservada demais, ou por que é chata, ou por outro motivo que eu desconheça e nem vem ao caso eu saber, mas amigo não é apenas quantidade amigo e amizade estão relacionados com qualidade e isso é o importante.
E para que servem os amigos? Eu não conheço ninguém que já tenha feito essa pergunta nem a si próprio e nem aos outros, geralmente, se escuta dizer que “amigo é para essas coisas”, mas que coisas são essas? E essas coisas vão de trivialidades até atos altruístas e bondosos, como por exemplo, limpar a casa junto com você após uma festa que você organizou até emprestar dinheiro ops, melhor ficar só com o exemplo da limpeza da casa.
Amigos servem para apontar os erros e para que eu cresça, servem para dividir as coisas boas e as chatas da vida, mas convencionamos que principalmente as ruins, são as piores horas que os amigos se revelam, mas discordo disso amigo se revela a qualquer hora.
Há algum tempo atrás eu estava dando uns toques de Romário a um amigão, talvez um das duradouras amizades que eu tenho e mantenho contato até hoje, ele sabe que estou falando dele, mas não irei revelar seu nome... A língua coçou, mas vou manter o sigilo, sim, eu estava ensinando a ele a milenar arte de conquistar o coração de uma mulher, só que eu não contava que ele fosse muito ruim, o que foi que eu fiz, comecei a ridicularizá-la e disse a ele que procurasse deixar ela de lado e tocar o barco pra frente que ela iria procurar ele um dia ou não, mas que a vida continua, ah propósito ele não é ruim na arte de conquistar é a menina que é esquisita, é brincadeira viu, Ma... ops quase dizia o teu nome.
Mesmo que fosse verdade, que ele fosse ruim, eu jamais diria algo que o colocasse para baixo eu iria levantar a moral dele e ajudá-lo a encontrar outros meios de ser feliz, Ah não é que funcionou! A menina agora ta procurando o cara, mulheres, vai entendê-las.
Amigos servem para não eu senti solidão, para aquecer o meu coração nas horas boas e nas ruins, servem para compartilhar minhas angústias, são pessoas que faço questão de me mostrar exatamente como sou sem medo de ser julgado, me apresento sem máscaras psicológicas e sem minhas couraças emocionais, eles servem também como âncoras que constantemente nos fazem lembrar quem somos e de onde viemos, amigos são pontes para o nosso passado e para o nosso futuro.
Servem para comemorar e festejar, lógico que sim, a propósito se você me considera seu amigo e vai dar uma festa, faço questão de ser lembrado e convidado, não aceito “não” como resposta.
Se me perguntassem qual pessoa famosa eu levaria a uma ilha deserta na hora eu responderia a Halle Berry e junto com ela o meu melhor amigo só para compartilhar com ele que estava saindo com ela. Jacque, isso é uma hipótese, na vida real nem que eu tivesse essa chance eu faria, eu levaria você e meu amigo!
Falando em melhor amigo, quem foi que inventou essa de melhor amigo? Que história é essa de estratificar ou nivelar amigos? Está certo que há amigos que são mais próximos do que outros, mas nem por isso são melhores que os demais, em minha opinião isso é me colocar numa saia justa, quero dizer, num short justo. Deixe-me defender um pouco mais o meu ponto de vista, há pessoas que eu gostaria que estivesse todos os dias conversando comigo, trabalhando comigo, tomando um refrigerante é refrigerante mesmo, aposentei a cerveja, fazendo qualquer coisa construtiva ou jogando papo furado, mas pessoas que consideram tão bem, que eu acabo por me tornar o “melhor amigo” dela e eu nem as considero tão íntimas minhas, isso é muito chato, por isso eu tento tratá-las como se fossem meus melhores amigos, está certo que eu nem sempre ajo assim, afinal aprendi esse sistema de castas dos melhores amigos.
Continuando a falar em melhores amigos, há pessoas que forçam a barra para serem meus melhores amigos, ai, ai, ai essas pessoas acabam sendo muito chatas e inconvenientes todas cheias de liberdade, achando que dou a minha intimidade assim tão fácil, apesar de não parecer eu sou um cara muito reservado, então se você é uma dessas pessoas carentes, é melhor começar a prestar atenção, ninguém gosta disso.
Falando em pessoas inconvenientes, há um exemplo para ilustrar. Certa vez comecei a sair com uma garota, bacana ela, até a segunda semana, por que a partir daí ela começou a me ligar diariamente, pela manhã e a noite, não durante a tarde por que eu estava na faculdade, ela me ligava e passava horas no telefone comigo, só que eu ficava de saco cheio por que ela monopolizava as falas, na verdade em uma hora de conversa eu apenas dizia umas 15 palavras, sendo 80% por a palavra “hum, hum” acreditam? Eu comecei a me irritar e o que foi que eu fiz? Fui sincero? Não, né! Eu deixava o telefone em cima da mesa e ia tomar água, preparar um lanche, lavava as mãos ia ao banheiro, lavava as mãos, ligava a tevê se a programação fosse boa ficava um pouco e aí voltava ao telefone, e pasmem ela não percebia.
Vocês devem estar rindo e achando que eu sou um canalha, um cafajeste não é? Ah um mau caráter também, mas digo, ou melhor, tranqüilizo vocês minha leitoras que jamais fiz isso, afinal sou um bom amigo.
Assim como sou um bom amigo também sou um bom psicólogo, mais uma vez nesse texto alguns de vocês devem estar pensando que eu sou um cara nada modesto, não é? Mas sabe por que digo isso? Por que meus amigos dizem e agem como se eu fosse um bom amigo, confirmando que eu sou um bom amigo para eles e por que relacionei o fato de eu ser um bom amigo com ser um bom psicólogo, falo isso por que os meus amigos quando me procuram e querem saber a minha opinião como profissional eles me levam a sério, conseguem ver que além da fachada de palhaço e brincalhão há um profissional competente, e mesmo que eu diga algo mesmo brincando eles levam a sério por isso me considero que sou um bom profissional e isso me motiva a estudar mais e a escrever textos como esse.
Aos meus, aos seus amigos o meu muito obrigado, não irei citar nomes por que a lista é enorme.
Amigo é bom e eu tenho de monte!
A Christiane minha amiga de faculdade e até hoje que sugeriu esse tema, faça como a Chris e me envie uma palavra para eu escrever.
Ócios do ofício
Ora bolas, não me amole
Com esse papo, de emprego
Não está vendo, não estou nessa
O que eu quero?
Sossego, eu quero sossego
Boa parte da minha inspiração é produto do ócio, bem são ócios do ofício, é até engraçado para mim por que eu sei que muita gente acha que esse tipo de reflexão é de quem não tem o que fazer, pois requer que pare de fazer algo “produtivo”. Segundo a ótica de nossa sociedade capitalista e neoliberal algo produtivo é algo que contribua com a sociedade e por enquanto os meus textos e blogs não estão gerando dinheiro para a economia brasileira, queria por a imagem da minha cara de preocupado.
Mas enfim, não fazer algo produtivo significa frear, diminuir o ritmo e parar, parar para ter um tempo dedicado a mim mesmo, a minha filha e esposa, conversar, fazer massagem, relaxar.
No inicio deste texto falei uma palavra que eu não gosto essa palavra é capitalista, não gosto dela por dois motivos o primeiro são as aulas chatas de geografia, nada contra a disciplina e os meus amigos Carlinhos e Ana Luísa, mas que eu não consigo gostar das aulas de geografia e sei que deveria ter prestado mais atenção, nunca se sabe quando o meu avião cairá em alto mar e eu sobreviver em um bote salva vidas e eu não souber onde é o norte ou o oeste; a outra situação é quando vejo os playboyzinhos vestindo a camisa do Che Guevara ou barbudos criticando o regime capitalista dizendo que “esse sistema é um vampiro” (GOMES, Edson), mas que na verdade eles nunca passaram fome, sempre tiveram de tudo, nunca compartilharam coisa alguma e vem de uma família capitalista e consumista, pra mim são pessoas vazias - se você se chateou com o meu comentário, eu só lamento por você- mas o que eu quero falar não é disso, o meu objetivo é falar de não fazer nada, e torná-lo algo produtivo, produtivo pra quem?
O que vem a ser não fazer nada? Será que o meu objetivo é sempre produzir algo que possa contribuir para a nossa sociedade? Uma vez eu li um livro chamado favela higtech que por sinal está emprestado e até hoje não me devolveram, onde os japoneses quando saem cedo do trabalho vão direto para o boteco tomar um drink e fazer hora, pois pega mal para a sociedade deles chegar cedo do trabalho em casa. Pra eles parecem funcionar, afinal eles são um povo de primeiro mundo, não é? Errado, isso só contribui para o aumento do alcoolismo naquele país.
E esse sistema em que vivemos e somos “obrigados” a seguir, também dita a velocidade como devemos seguir a nossa vida, dessa vez eu me incluo, pois se eu disser que nunca fiquei no piloto automático estou mentindo. Toda vez que penso nesse estilo de vida que temos e olho para o meu lado, quero dizer olhava, e vejo o meu aparelho celular, que atualmente é um objeto de consumo mais alienante que temos contato, para mim o aparelho celular não é nada mais do que levar trabalho para casa e levar esse trabalho para casa nos rende dinheiro para que possamos comprar um celular que tenha mais recursos que o outro para continuarmos conectados com o trabalho e nos exibirmos para as demais pessoas, “Ó meu celular novo, é menor que o seu ele até cozinha!
Não há mais limites entre o trabalho e a nossa casa, entre assuntos pessoais e assuntos de negócios. Tudo virou uma grande bagunça organizada nunca vi tanta criança e adolescente que tem como substituto do pai e da mãe a televisão, a internet e os pedófilos ops amigos virtuais, quando eu era criança o substituto dos meus pais eram os meus professores, menos os de geografia! Brincadeira.
Mas e hoje, as crianças e adolescentes são órfãos de pais vivos, sempre muito ocupados com seus trabalhos intermináveis e extremamente importantes. Tão importantes que no final das contas são responsáveis por enfartos, aneurismas, gastrites, cânceres e também alcoolismo. Ah também quero falar que quem trabalha demais acaba desenvolvendo uma adicção ao trabalho, ah e não é conversa de preguiçoso, o termo certo é Workaholic.
Neste momento em que você está lendo os meus textos, você está parando com o seu ritmo desenfreado, mas não faça somente ler os meus textos, converse com as pessoas que estão ao seu lado, conte piadas, escrever, cozinhar ou fazer algo que para o resto do mundo talvez seja de pouca importância, mas que para você e as pessoas que estão ao seu lado é de valor inestimável, resgatar a essência humana é essa a tendência do homem moderno.
Valorizar esses momentos de ócio pode aumentar a sua estimativa de vida, diminuir o ritmo que você leva a sua vida vai deixá-la mais prazerosa, irá relaxar, torná-lo mais criativo, aumentará a sua capacidade de percepção das coisas ao seu redor, enfim, pessoas que se dão o prazer de não fazer nada por algum período do dia tornam mais interessantes. Digo isso por experiência própria.
Então, saber separar é o segredo de ter uma vida gostosa, disciplinar o nosso dia, a nossa hora, disciplinar quer dizer ser chato e rígido está relacionado a dar limites. Aproveite a vida e seus prazeres, se você gosta de trabalhar duro, trabalhe duro, mas saiba que há momentos para descansar e curtir você e as pessoas a sua volta, se você gosta de dormir durma, mas não durma o dia todo, pois lá fora está um sol maravilhoso ou uma chuva forte e alguém querendo ser aquecido com sua presença, cultive os bons hábitos, seja produtivo a seu modo e não na maneira de nossa sociedade cruel e desumana.
O que eu quero?
Sossego, eu quero sossego