Money que é good e nós num have, but all we need is Love!

O Frio

A mãe diz ao filho: Feche a porta por que está frio lá fora. Se ele fechar a porta não irá continuar fazendo frio lá fora?

Uma das coisas engraçadas em relação ao frio é o que ele causa no ser humano, mas precisamente no homem, mas antes de falar como ele afeta o comportamento do homem causando uma certa neurose, digo que o frio é algo tolo, ele é apenas a troca de calor para o ambiente, o nosso corpo cede calor para o ambiente que tem menos calor que o nosso, e como essa situação afeta o nosso comportamento, o meu, o seu caro leitor, do seu pai e de todos os outros homens? É que o frio além de causar essa sensação térmica incômoda, ele tem a propriedade de diminuir o tamanho e o volume de alguns objetos e no nosso caso enrugar, deixando o homem incomodado com a redução do... do... digamos assim do nosso amigo o... o “Juca” rs.

E apesar de sua genialidade, do brilhantismo, das evoluções que o homem conquistou durante a sua estada na terra, ele ainda se incomoda com a diminuição do “Juca”, entenda por Juca um dos inúmeros apelidos que são dados ao órgão sexual masculino, ah e uma dica às mulheres, nunca, em hipótese alguma em sua vida chame o “Juca” de minhoquinha, pipi ou algum nome meigo ou diminutivo isso afeta deveras a moral de nós pobres homens, nós não, deles a minha não afeta por que... Ah deixa para lá.

O tamanho do falo é algo importante para o homem, significa que ele é poderoso, imponente e viril achamos que somos capazes de tudo por causa do tamanho, achamos que tamanho é documento. Falando em tamanho e documento, vejo que há certa neurose em relação a isso quanto maior for o carro, a casa ou o nome, para a nossa sociedade fálica, mais bem sucedido é o homem, no caso dos celulares que são outra fonte de neurose, o tamanho funciona de forma inversa, quanto menor e maior a quantidade de funções mais dinheiro você tem e isso provoca uma busca incessante para mostrar para os outros que somos felizes e temos de tudo e bem sucedidos, fazendo com que se esqueça de coisas simples e que se tornaram ofuscadas e diminutas por causa desse exagero de objetos enormes que é a presença do calor humano, da troca de carinhos, palavras meigas e de solidariedade.

Ah certa vez eu assisti a um comediante carioca que eu gosto muito chamado Ronald Rios e ele estava contando a história de que tinha um carinha que vivia contando vantagem que o pai dele tinha isso, tinha aquilo e ele sem mais agüentar disse ao cara, por acaso seu pai tem o telefone da Débora Seco? O cara respondeu: Não. E o Ronald retrucou: Pois, é eu tenho e na verdade ele tinha, até por que ele passou um fase da adolescência caçando o telefone de artistas na lista telefônica, apesar de nunca ter ligado para a Débora Seco ele usou esse argumento para jogar uma massa de ar frio no moleque para diminuir (enrugando) a moral fálica do cidadão.

Para compensar essas ausências nós homens demonstramos para as nossas mulheres que temos o maior dote para ela e que iremos proporcionar maior prazer a elas, e esquecem-se, por que eu não, de que não adianta ter se não souber usar e eu sei usar, calma não to falando de sacanagem to falando de usar o contato humano para me aproximar das pessoas, para espantar o frio da solidão de perto de mim.

Muitos homens acham que se você dá casa, comida, jóias, carros grandes e luxuosos e celulares minúsculos satisfazem a sua mulher e isso é um tremendo engano, há muito mais coisas entre o céu e a terra para se satisfazer um ser humano e principalmente uma mulher, não é dando apenas bens materiais a ela ou ele, mas dando calor humano, também não vale dá apenas calor humano, carinho, amor, atenção a elas. Pois nem só de carinho e amor vive um relacionamento, tem que tentar suprir o as necessidades básicas, os mimos e caprichos dela também, e para não pensar que sou machista, mulheres, façam a mesma coisa nós homens apesar dessa postura máscula, durona, fálica e autossuficiente- é assim que se escreve segundo a nova gramática! – também precisamos de colo, afinal somos eternos bebês, não saímos ainda da fase oral, mas de maneira alguma durante a intimidade com seus queridos esposos, namorados, noivos, ficantes sei lá o que forem, whatever, não dêem apelidos delicados como florzinha ou ursinho pimpão ao “Juca”, não façam isso, pois isso causa um frio em toda a nossa – nossa não, na deles – (tensão) moral, na nossa existência e afeta a tão frágil masculinidade, pelo menos não a minha.

All we need is Love!

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